Já existe muita documentação sobre
as origens do Tarot. No entanto, quanto a definir uma origem certa, existem
muitas histórias. Uma das versões mais
populares é a de que o Tarot, tal como o
conhecemos hoje, foi desenvolvido na Idade Média, em Itália, e as cartas eram
inicialmente conhecidas
como 'trionfi' e depois
'tarocchi'. As mais antigas cartas de tarot existentes são de meados do século XV. Trata-se de um conjunto feito para a família Visconti, governantes de Milão naquela época. Nessa alturas as Cartas de Tarot eram usadas apenas pelas classes
superiores porque estavam isentos das leis que proibiram o uso de cartas
normais de jogar!
Mesmo assim, as pessoas das
classes mais baixas conseguiam ter acesso a esse “jogo” mas jogavam às
escondidas, porque para elas era proíbido.
Por ser um jogo praticado de forma “oculta”, que é o mesmo que dizer
escondida, clandestina, fora-da-lei… nasceu o mito de que o Tarot era um Jogo do Oculto.
As primeiras Cartas de tarot foram
pintadas à mão, mas, após a invenção da Imprensa, que veio permitir a produção em massa, a sua
distribuição em maior número tornou-se possível. O Tarot
foi-se tornando cada vez mais popular, era como um jogo e
este continuou a ser o caso até cerca de 1700.
Por esta altura o Tarot já
era popular em toda a Europa e, em 1718, o mais antigo Tarot de Marselha foi
produzido.
A diferença nessa altura, foi que O Tarot passou a ser reconhecido como uma
ferramenta de orientação pessoal e de ajuda para a vida, e deixou de ter instruções de
“jogo”.
No final do século XVIII, alegou-se que
as raízes do Tarot estavam na
sabedoria egípcia e também que os 22 trunfos (Arcanos
Maiores) correspondiam às 22 letras do alfabeto hebraico. Isso alimentou um reaparecimento
das Cartas em França e em 1888, foram fundadas duas ordens
dedicadas ao Tarot: a Ordem Cabalística de Rosa Cruz em França e a
Ordem Hermética da Aurora Dourada em Inglaterra. A Aurora Dourada
deu origem a versões diversas de Tarot outras se foram
seguindo, tal como as de Arthur Edward
Waite, que deu origem a uma das mais
populares plataformas do Tarot que ainda hoje se usa.
Carl Jung,
psíquiatra suiço fundador da psicologia analítica, deu muita
importância ao simbolismo do
Tarot, acreditando que as cartas representavam arquétipos ou seja, tipos ou modelos fundamentais de pessoas ou situações que foram incorporados na consciência colectiva
do Universo. Os sete arquétipos são o eu, o feminino, o
masculino, o herói, a adversidade, renascimento e viagem.