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terça-feira, 9 de abril de 2013

Qual o prazo de validade de uma leitura ?



Acontece muitas vezes as pessoas quererem saber quando se vão casar, ter filhos, ser ricos – ou seja, tudo acontecimentos que podem ocorrer agora, a qualquer momento ou no futuro.

Será que uma leitura de Tarot pode realmente orientar sobre o que se irá passar dentro de 2 meses, 2 anos ou até 22 anos ? A pergunta sobre quanto tempo demorará a orientação dada pelo Tarot a realizar-se é das mais frequentes, por isso hoje quero falar um pouco sobre este assunto. O assunto do tempo em que uma leitura de Tarot se torna “válida”…

Vou começar por uma resposta curta. O consenso geral é o de que uma leitura de Tarot tem uma validade de 6 a 12 meses. Sem dúvida, há que ter em conta que a vida muda ao longo do caminho e que 6 a 12 meses é um tempo razoável para que essas mudanças ocorram. No entanto esta ideia parece-me bastante generalista. Por isso acrescento a minha, que é uma resposta mais longa porque explicarei o meu ponto de vista.

A resposta longa: Tudo depende!

Na minha opinião, depois de perguntarmos ao Tarot sobre qualquer assunto, a sua leitura permite  analisar as condições actuais para descobrir qual o melhor caminho  a seguir e mais à frente encontrar os resultados que deseja. No entanto estas condições podem mudar. Pode haver mudanças fora do controle da pessoa, como por exemplo acontecimentos mundiais, coisas da Natureza, (nuvens de cinza vulcânica, lembram-se ?...), ou até acções de terceiras pessoas que podem mudar algo no caminho dessa pessoa. Ou então, a pessoa pode usar o seu livre arbítrio, a sua livre escolha e fazer mudanças para melhorar as situações da sua própria vida. Sobretudo se vê que as circunstâncias actuais podem levar a resultados negativos ou indesejáveis.

Por isso, em ambos os casos, uma leitura de Tarot que se realizou agora, só pode ser válida até que se tenham dado mudanças significativas. Depois de acontecerem as mudanças, a situação actual muda e o Tarot muda também. Todavia, há mensagens que o Tarot nos dá que são sempre válidas, não importando que vão aparecendo mudanças da situação pelo meio. Isto tem a ver com as mensagens dos Arcanos Maiores, que nos guiam para um prazo maior e têm influências permanentes.

Suponho que haja outros pontos de vista e quem não concorde com o que referi antes. Um deles é o de que já nascemos com o nosso futuro todo traçado e não importa aquilo que fazemos, que medidas tomamos, estamos todos no mesmo caminho à espera daquilo que o Destino nos reserva. Neste caso, uma leitura de Tarot é válida por um prazo maior e não depende de nenhuma acção da pessoa para melhorar a sua vida. Mas… pessoalmente, creio que isto é algo impotente e fatalista. Isto sugere que não podemos fazer nada de nada, nenhuma mudança positiva nas nossas vidas para evitar consequências potencialmente negativas! Não, de facto não me revejo nesta ideia…

Numa consulta de Tarot, a aceitação dos conselhos que ele nos dá através da leitura das suas cartas, vai depender também se a pessoa que pergunta acredita na livre escolha ou se acha que já nascemos todos com um destino marcado. Perguntas do género “Quando é que me vou casar” ou “Quando terei filhos” envolvem cálculos de tempo que o Tarot não indica. O Tarot dá a orientação para se chegar a esses resultados, (casar, ter filhos) e pode indicar primeiro uma série de situações que têm de ser mudadas antes, para se chegar ao resultado que se deseja.

Como já referi em artigos anteriores, o Tarot não é para adivinhar o futuro, embora haja muitas pessoas que o lêem, dizendo que nele vêem o que o futuro nos reserva. Creio que esta é a abordagem de quem aceita o tal destino marcado e acredita que com as cartas é possível ir “lá à frente” espreitar. Realmente, se acreditasse que era mesmo assim, acho que nem sequer pensaria em consultar o Tarot. Porque esta ideia, de algo que já está traçado, que pode ser bom ou menos bom, e ir espreitar… tem muito que se lhe diga. Será que queremos mesmo saber, uma vez que não poderemos fazer nada ? Não será melhor ficar na ignorância ?
Claro que há coisas já determinadas à partida e que não podemos mudar.  A nossa natureza humana, os nossos instintos, as nossas necessidades biológicas, entre outras coisas.  Mas isto não é o nosso destino, é a nossa Natureza,  e não tem nada a ver com livre arbítrio.  O livre arbítrio tem a ver com condições morais e espirituais e é aí que o Tarot ajuda muito.  Nestas questões "determinadas", somos em tudo iguais aos animais, mas nós somos seres com alma,  vontade,  desejo e a capacidade de escolha.

Para mim o “futuro é líquido”. Isso quer dizer que ele muda, pode mudar e está em constante movimento.

As cartas do Tarot prevêm tendências de situações, padrões de acontecimentos, emoções e formas de agir. Isto vai permitir-nos limparmo-nos, ordenarmo-nos e prepararmo-nos para o futuro. Digamos que uma boa leitura de Tarot nos dá um ponto de vista mais amplo e sábio dos nossos problemas, permitindo que através da troca de informação com quem lê as cartas, se possa conseguir muito mais clareza sobre muitos temas.

Como acredito no livre arbítrio, observo o mundo à minha volta, vejo, sei e sinto que há muita coisa que podemos fazer pela nossa vida para a melhorar.

Acredito que o destino humano não está escrito numa pedra em lado nenhum, já que somos seres livres e é nessa liberdade que construimos o nosso futuro.

O Tarot, melhor dizendo, vê as tendências, vê “até onde vão as coisas” e é possível que essa “visão” se realize. Mas, nunca nada nem ninguém poderá prever com absoluta certeza e exactidão o futuro, porque isso vai contra a condição humana: a liberdade!